Fala-se muito, diariamente, em Merkel e Sarkozy.
A Alemanha e a França assumem a natural liderança europeia, e não pelos melhores motivos, como bem sabemos, deixando uma Inglaterra na sombra cúmplice da culpa, e a Itália em confrangedora mas inevitável queda após muitos anos de um inenarrável Berlusconi, que a Democracia legitimou como Primeiro-Ministro de um país com uma Cultura ímpar.
Tudo isto, e não é pouco…apenas revela o declínio do “sonho europeu”, sustentado em chefias políticas medíocres e quase acéfalas, incapazes de gerir o bem comum, guindadas a posições de responsabilidade sem capacidade para as assumir na íntegra, num desfile mediático desastroso e penoso.
Só que, no meio de toda esta amálgama de sorrisos idiotas, discursos ocos e vazio de Valores, quase ninguém repara num rosto e num nome: Durão Barroso.
Por acaso…é Presidente da Comissão Europeia desde 2004, e sê-lo-à até 2014.
É português, eu sei, e Portugal talvez ainda seja considerado, por muitos, uma província de Espanha. Mas dirige este Continente há muitos anos, sem que ninguém dê por isso.
Porquê? Talvez porque não dirija coisa nenhuma.
E nesse caso, é legítima a pergunta: justifica-se este cargo?
Penso que sim.
E tenho muitas saudades de Jacques Delors…por exemplo.
Delors…Durão…Declínio.
Deplorável.