sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"Bom Gigante"


Nesses anos, não havia em Portugal nenhum jogador da sua altura.
Os defesas-centrais teriam, no máximo, 1,80m, manifestamente insuficientes para ganhar bolas de cabeça a Torres.
As suas pernas eram demasiado altas para os adversários, e quando saltava, ficava uns bons palmos acima deles. E marcava golos. Muitos. Inevitavelmente.
Não era, tecnicamente, um jogador muito evoluído. Parecia até desengonçado a correr. Mas era eficaz. Como poucos.
Fez parte de magníficas equipas do Benfica nos anos 60, e dos “Magriços” de 1966.
José Augusto, Eusébio, Torres, Coluna e Simões.
Nunca vi jogar os “5 violinos” do Sporting.
Mas este “ataque”… que “música”….

2 comentários:

  1. Não me lembro de jogar, mas lembro-me de como o seu nome era respeitado lá em casa por meus pais.

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  2. Todos hoje se esqueceram do sexto jogador que nos fez delirar com o ataque do nosso Benfica: Jaime Graça. Só passou a ser jogador do Benfica em 66, durante o mundial - onde passámos a deter a exclusividade dos atacantes da selecção - mas também contribuiu para as nossas alegrias e memórias.
    Em relação ao Bom Gigante (José Augusto da Sénica Torres) relembro o que ele disse numa entrevista quando o Benfica o incluiu na transferência do Vitor Batista (que grande jogador num homem pequeno!): "Quando me chamaram à Direcção já sabia que era para me perguntarem se eu me importava de ir para Setúbal". Com esra naturalidade e sem azedume...

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