Um crítico é aquele que, na incapacidade de fazer, dedica-se a, na maior parte das vezes, destruir. É assim que os vejo. Porque observam e opinam fragmentos. Produzem discursos solitários, subjectivos, frequentemente descontextualizados de toda a obra do autor. Crendo-se com autoridade de julgar, constroem a exclusão. Ninguém é destituído de opinião, óbvio. Mas a critica a que assistimos, não é adjuvante. Na maior parte das vezes tão-pouco boa conselheira. Mas há aqueles [a que não chamo críticos, e penso nem gostariam de como tal serem considerados] que acrescentam, ilustram, criam encontros com os artistas, com os produtos, quaisquer sejam as artes. Esses reflectem no incontornável. Falam do belo e do horrível, da essência, mas sem um discurso critico, meditativo quiçá, sem que estejam necessariamente em conivência. E penso em Kant, Elouard, Barthes... que tentavam entrosar-se com o objecto sobre o qual consideravam, discurso indirecto. São esses que fazem avançar, porque explicam as percepções, tornam compreensível. Ensinam a ver e ler. É fácil dizer mal, considerar feio, insuficiente, mediocre. Já ter a ideia de haver produzido esse feio ou insufiente ou mediocre, o mau até, não foram os criticos que proliferam aí na praça com ela brindados. A ideia é fundamental. Há muitas formas de comentar, avaliar. Com poética, se fizerem o favor. Uma História da Crítica seria um trabalho interessante...
Será que não? Nunca?
ResponderEliminarExcelente frase, embora eu não saiba se é mesmo verdade...
ResponderEliminarUm crítico é aquele que, na incapacidade de fazer, dedica-se a, na maior parte das vezes, destruir. É assim que os vejo. Porque observam e opinam fragmentos. Produzem discursos solitários, subjectivos, frequentemente descontextualizados de toda a obra do autor. Crendo-se com autoridade de julgar, constroem a exclusão.
ResponderEliminarNinguém é destituído de opinião, óbvio. Mas a critica a que assistimos, não é adjuvante. Na maior parte das vezes tão-pouco boa conselheira.
Mas há aqueles [a que não chamo críticos, e penso nem gostariam de como tal serem considerados] que acrescentam, ilustram, criam encontros com os artistas, com os produtos, quaisquer sejam as artes. Esses reflectem no incontornável. Falam do belo e do horrível, da essência, mas sem um discurso critico, meditativo quiçá, sem que estejam necessariamente em conivência. E penso em Kant, Elouard, Barthes... que tentavam entrosar-se com o objecto sobre o qual consideravam, discurso indirecto.
São esses que fazem avançar, porque explicam as percepções, tornam compreensível. Ensinam a ver e ler.
É fácil dizer mal, considerar feio, insuficiente, mediocre. Já ter a ideia de haver produzido esse feio ou insufiente ou mediocre, o mau até, não foram os criticos que proliferam aí na praça com ela brindados.
A ideia é fundamental. Há muitas formas de comentar, avaliar. Com poética, se fizerem o favor.
Uma História da Crítica seria um trabalho interessante...
[já agora, a fotografia é fantástica]