O ano lectivo de 1972/73 fica na história de “Económicas”.
Pelo assassinato de Ribeiro Santos e pelas consequências imediatas que teve.
A sua morte provocou uma onda de revolta e contestação em toda a Academia, mas obviamente, e com incidência especial, na Faculdade do Quelhas.
E por isso, pela primeira vez, e para evitar muitas concentrações…os caloiros, em número que rondava os 1000, foram repartidos por três escolas: cerca de 400 ficaram no então “Instituto Superior de Economia”, 350 foram para o “ISCTE”, e os restantes para o “ISCSPU”.
Fui “incorporado” neste último grupo.
Ora o “ISCSPU” era o Instituto “de” Adriano Moreira, que o dirigia.
E dele apenas sabíamos que era um “ex-ministro” de Salazar, em tempos apontado como um dos seus “delfins”, a par de Franco Nogueira e Marcelo Caetano.
“Noções Fundamentais de Direito”, era a sua cadeira.
Recordo que a “teórica” começava às 8,30.
Auditório repleto.
Às 8,25 o Professor entrava, seguido dos seus assistentes, o último dos quais fechava a porta. Silêncio total.
E começava a aula.
O tempo passava sem ninguém dar por isso, tal a atenção prestada às suas palavras.
Passaram 38 anos, mas quero aqui deixar o meu apreço e reconhecimento ao Homem de Cultura, ao Professor Insigne, Competente e Pedagogo, que transformava matéria árdua em agradável história que íamos seguindo, interessados e entusiasmados.
As suas aulas eram Lições da arte de bem ensinar.
Pelo assassinato de Ribeiro Santos e pelas consequências imediatas que teve.
A sua morte provocou uma onda de revolta e contestação em toda a Academia, mas obviamente, e com incidência especial, na Faculdade do Quelhas.
E por isso, pela primeira vez, e para evitar muitas concentrações…os caloiros, em número que rondava os 1000, foram repartidos por três escolas: cerca de 400 ficaram no então “Instituto Superior de Economia”, 350 foram para o “ISCTE”, e os restantes para o “ISCSPU”.
Fui “incorporado” neste último grupo.
Ora o “ISCSPU” era o Instituto “de” Adriano Moreira, que o dirigia.
E dele apenas sabíamos que era um “ex-ministro” de Salazar, em tempos apontado como um dos seus “delfins”, a par de Franco Nogueira e Marcelo Caetano.
“Noções Fundamentais de Direito”, era a sua cadeira.
Recordo que a “teórica” começava às 8,30.
Auditório repleto.
Às 8,25 o Professor entrava, seguido dos seus assistentes, o último dos quais fechava a porta. Silêncio total.
E começava a aula.
O tempo passava sem ninguém dar por isso, tal a atenção prestada às suas palavras.
Passaram 38 anos, mas quero aqui deixar o meu apreço e reconhecimento ao Homem de Cultura, ao Professor Insigne, Competente e Pedagogo, que transformava matéria árdua em agradável história que íamos seguindo, interessados e entusiasmados.
As suas aulas eram Lições da arte de bem ensinar.
(Foto retirada daqui)
Grande figura que muito admiro. Mais do que as políticas há o carácter e a rectidão, afinidades que cada vez mais rareiam.
ResponderEliminarMas a homenagem fez-me lembrar, entre os meus professores da faculdade, uma referência, o que deixaria em mim sementes de gosto e estética que viriam a germinar... Rui Mário Gonçalves.
É bom termos tido mestres e a nossa geração conheceu dos melhores.
Grande, ENORME Senhor.
ResponderEliminarDele as palavras que até hoje costumo citar:
"Uma Licenciatura é apenas uma licença para continuar a estudar...".
Tive a honra de o conhecer, de o ouvir, de beber as suas palavras... ISCSPina, com grande orgulho.
Bem-haja
Mel