quarta-feira, 14 de julho de 2010

Maria Alzira Seixo

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No aconselhável programa “Câmara Clara” da RTP 2 (aos domingos, às 22,30 horas), Maria Alzira Seixo disse mais ou menos isto:

“Lamento que a “Peregrinação” não faça parte das leituras dos alunos portugueses. Mas ainda lamento mais, e tenho de o dizer, que a esmagadora maioria dos professores também não o tenha lido”.

Ouvi.
E pensei em Professores de Português que tive no Liceu, autênticas “enciclopédias” de Literatura portuguesa. Mestres.
Num tempo em que as estatísticas da união europeia não se sobrepunham à qualidade do ensino.
Não sei quantos existem nos dias de hoje, mas para eles a minha homenagem, pela tentativa de “remar contra a maré”.
Ouvi, repito.
Concordei em absoluto.
E tenho pena!

1 comentário:

  1. Também vi o programa e gostei (embora a convidada pudesse ter dado mais espaço ao outro conviva).

    Esqueceram de referir um detalhe significativo no que respeita ao Mentes?... não vejo Fernão Mendes Pinto como o que mente.
    A Peregrinação é qual uma epopeia e já Os Lusíadas tinham como personagem/herói o povo português, o colectivo. Penso que, quando Fernão Mendes Pinto usa a primeira pessoa haja sido nesta senda, o de fazer do eu narrativo a voz de massas, onde se incluem vários heróis.

    Foi, igualmente, pena não terem referido uma edição de Peregrinação (Volumes I e II), comemorativa do 4.º centenário da morte de Fernão Mendes Pinto - Publicações Europa-América -, com leitura actualizada, introdução e anotações de José Neves Águas.
    [será porque não foi catedrático??]

    Quanto à Peregrinação não ser lida por muitos dos professores, lamentavelmente não é.
    Já no que toca a estar ausente dos programas, :))) também Vergílio Ferreira foi retirado por a sua escrita poder criar crises existenciais nos meninos.

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