Aurélio Márcio.
Li-o desde miúdo.
As suas crónicas sobre futebol eram brilhantes.
"A Bola" dessa época era feita por ele, Victor Santos, Homero Serpa, Carlos Pinhão, Alfredo Farinha, Carlos Miranda, Cruz dos Santos e muitos outros, transformando um jornal desportivo num manancial de bom Português. Provando que é possível, e desejável, falar de Desporto sem cair nas banalidades linguística e outras.
Morreu hoje, com 91 anos.
Dos tempos em que o Jornalismo Desportivo era Jornalismo muito acima do Jornalismo que por aí hoje se pratica. E em que estes nomes - que me levaram a "passear" por esse mundo fora com o nosso Benfica, mas também com o Agostinho nos Pirinéus e nos Alpes, com o Manuel de Oliveira em Tóquio, com o Francisco Romãozinho no Rally de Monte Carlo, etc., etc. - cultivaram a nossa língua e a arte de a escrever contando-nos - e comentando - os feitos e os defeitos do nosso desporto de competição.
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