51 anos

É pequenino, mas esmaga os enormes.
Quando algo parece exagerado para si, lá está o gigante Obelix a seu lado.
Juntos, são imbatíveis.
Têm ambos 51 anos, que completam precisamente hoje.
Os seus admiradores, somos todos nós. Os que cresceram com eles, e os outros.
Porque é impossível não gostar das suas histórias, do seu humor, dos seus amigos e da luta feroz que movem contra os invasores, removendo montanhas, se for caso disso.
Os seus álbuns fazem parte do espólio cá da casa.
De quantas casas?

Jorge Borges de Macedo

Subi as escadas do velho prédio na Coelho da Rocha, bem perto do 18 onde Pessoa viveu.
Eram nove da noite, hora a que o Professor tinha dito para estar lá.
Amável como sempre, mandou-me sentar numa cadeira à frente da sua secretária.
Livros…livros…apontamentos…mais livros…papéis. E um candeeiro.
Levei-lhe as dúvidas que tinha.
E durante duas horas, quase sem abrir a boca, ouvi-o dissertar sobre Adam Smith, Malthus, e muitos outros, com a sapiência própria dos Grandes, a pedagogia apenas ao alcance de uns quantos, a Cultura vasta e profunda, muito lida e estudada. Com a disponibilidade rara de restringir os seus tempos de ócio, para esclarecer um “caloiro” quase imberbe.
Foi assim, numa noite primaveril de 1973. Passaram 37 anos. Mas nunca esquecerei essa “aula doméstica” como me referiu na despedida.
O saudoso Professor Jorge Borges de Macedo dava “História Económica”.
O termo é mesmo esse: dava. E todos nós recebíamos com admiração e prazer os conhecimentos do Mestre.

Vitorino Magalhães Godinho

“Quando se fala em Estado de Direito não se diz absolutamente nada. Lamento muito, mas o nazismo era um Estado de Direito. Votar sem opções verdadeiras, sem discussão nacional, sem consciência, não é Democracia. Aliás, basta ver que foi aprovado um Tratado para a Europa sem ouvir os cidadãos e ratificado um incrível Acordo Ortográfico contra os pareceres competentes e o sentir das populações.”

Arte. Artes.

Ontem ao fim da tarde, na Casa Fernando Pessoa.
A pintora Graça Morais, à conversa com Inês Pedrosa. E connosco.
Sobre livros. Os que está a ler. Mas não só.
Sessenta minutos num ápice.
Camilo, Mandela, Rembrandt, Paris, Torga, Van Gogh, Trás-os-Montes, Agustina, Cabo Verde, António Damásio. E mais.
Histórias da vida, da Arte. Artes.

A Antena 1 gravou.
Recomendo audição, na 6ª feira.

Queijadas por Golos...

Fernando Seara admite avançar para a Presidência da Federação Portuguesa de Futebol.
O Benfica apoia.
Outros apoiarão igualmente.
Todos, incluindo o próprio Seabra, parecem esquecer-se de um facto…
É que ele é Presidente da Câmara Municipal de Sintra.
Sintra é um dos maiores Concelhos portugueses.
Sintra tem sérios problemas por resolver.
As eleições autárquicas foram em 2009 (o ano passado…) e só haverá outras em 2013.
Mas Seara pensará nisso?
E o que pensarão os sintrenses?
E os outros portugueses?

Leal da Câmara

Não foi Stuart de Carvalhais, nem Jorge Barradas, nem Amarelhe, nem Emmérico.
Foi Leal da Câmara.
E a sua obra de caricaturista em nada desmerece das outras.
Por isso, fiquei satisfeito ao tomar conhecimento de uma Exposição sobre ele, na Hemeroteca de Lisboa.
Lá fui.
E fiquei deveras decepcionado.
Pela fotografia que anexo, perceberão porquê.
Meia dúzia de pequenos expositores num vão de escada.
E pensei: pode o tamanho retirar mérito à iniciativa? Pode.
Porque Leal da Câmara merecia mais.

Bolor...

Achei graça à tentativa de revivalismo monárquico nas comemorações do centenário da República.
Aproveitando o difícil estado da Economia e das Finanças, os senhores do “Viva o Rei!”, que nunca conheceram qualquer rei português, aproveitaram para dizer que existem.
Existem.
Mas quantos são?

Rembrandt

Um Génio.