sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Indiferença com espanto...


Por definição, odeio ditadores.
Sejam de Esquerda ou Direita.
Obviamente.
A morte de mais um, Khadafi, deixou-me quase indiferente, não apenas por ser esperada, mas também porque sempre embirrei com o sujeito, que associava o despotismo a um “folclore” absurdo e escusado.
À indiferença juntou-se algum espanto.
Explico.
Durante muitos anos, assisti, incrédulo, às amigáveis recepções que os chefes democráticos de inúmeros países prestavam ao tirano líbio.
Abraços, sorrisos, bajulação, compadrio.
E agora, os mesmos ou outros chefes desses países, são os primeiros a manifestar a sua aprovação, alguns até alegria, pela morte do coronel.
Como é possível?
“Mudam-se os tempos,….”.
Petróleo a quanto obrigas…

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Incompreensível.


Portugal tem falta de médicos.
Muitos cidadãos não têm "médico de família".
Contractam-se médicos estrangeiros para suprir, minimamente, as lacunas. E não chegam.
O Ministério sabe.
A Ordem queixa-se.
O povo sofre as consequências.
E perante este cenário bem real, o "numerus clausus" impede, anualmente, a entrada em Medicina de muitos estudantes com elevadas classificações, por não terem atingido a média global de 19 valores....
Conseguem entender?
Eu não.

sábado, 8 de outubro de 2011

Dúvida...


Não sei mesmo.
Estas figuras estão na Praça do Município, contrastando com o traçado clássico dos edifícios.
Numa primeira análise, traduzirão a alegria com que Lisboa saúda quem por ali passa, ou quem a visita.
Mas posso dar-lhe uma outra interpretação, talvez cáustica.
"Cuidado com os assaltos. Não resistam. Deixem-se roubar!".
Ou...como nem tudo o que parece...é.

domingo, 2 de outubro de 2011

Escabroso


Isaltino libertado, Vale e Azevedo passeando alegremente por Londres, os condenados da Casa Pia a ver o tempo passar, Oliveira e Costa ilibado, Jardim perto de ganhar de forma esmagadora as eleições, Dias Loureiro absolvido.
E o cidadão comum assiste, pensa e revolta-se.
Recordo Nietzsche:
“A justiça, pois, que começou a dizer: «tudo pode ser pago e deve ser pago» é a mesma que, por fim, fecha os olhos e não cobra as suas dívidas e se destrói a si mesma como todas as coisas boas deste mundo. Esta autodestruição da justiça, chama-se graça e é privilégio dos mais poderosos, dos que estão para além da justiça”.
E retenho:
“Privilégio dos mais poderosos, dos que estão para além da Justiça”.
Mas volto a pensar:
A Justiça não pode ser privilégio de ninguém, e ninguém pode estar para além dela.